Cometas, estrelas, vidas...

Imagem do weheartir e editada por mim :)

Em terras distantes, perdidas na poeira do tempo e talvez há séculos atrás, eu fui como um cometa. Errante, errada, sem preocupação outra que não fosse a busca pela liberdade. Sentimentos não me importavam. A sensação que tenho hoje é de que provavelmente eu os sufocava dentro de mim e os desprezava nos outros. Ser livre era a minha meta, e no frenesi do  carpe diem, da vontade de viver a intensidade de cada instante, pouca ou nenhuma importância eu dava as consequências das atitudes que fariam de mim a pessoa que eu sou hoje. Na verdade, o futuro daquele presente nem passava pela minha cabeça. Naquela época eu só tinha sede de viver, e vivia; sem perceber que me afogava num mar de ondas revoltas que a duros golpes e tempos mais tarde me ensinariam o que é de fato a verdadeira liberdade.

O tempo passou e a realidade de agora é outra e completamente diferente. Hoje já não sou como um desses corpos que viajam pelo espaço, já não sou mais errante. Sim, eu perdi, embora que temporariamente, a possibilidade de me aventurar pela vida a fora. O mundo deu algumas das suas inúmeras voltas e em vez de sufocar meus sentimentos, eu compreendi que o melhor é libertá-los; em vez de desprezar os sentimentos alheios, hoje eu vejo o quanto eles são importantes e sinto na pele a aflição de ter o próprio coração negligenciado. Sim, minha intuição diz que atualmente eu sinto o que fiz outras pessoas sentirem em tempos remotos, e apesar de questionar essa forma de aprendizado, eu vejo nela uma oportunidade de transformação; sinto nela a possibilidade de deixar de vez o espírito inconsequente de cometa, para adquirir a essência de uma estrela. É isso... Hoje eu já sei que mais que ser livre, eu quero é brilhar!

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Reflexões sobre A grandeza da amizade.